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História da Ergonomia para Escritórios

”Por incrível que possa parecer, do ponto de vista da ergonomia, as máquinas de escrever eram melhores, mesmo sendo brutas, com teclas duras e sem nenhuma facilitação tecnológica. Só quem as usou sabe como era”. Saiba sobre a evolução do escritório e a importância Ergonômica.

”Por incrível que possa parecer, do ponto de vista da ergonomia, as máquinas de escrever eram melhores, mesmo sendo brutas, com teclas duras e sem nenhuma facilitação tecnológica. Só quem as usou sabe como era”. Saiba sobre a evolução do escritório e a importância Ergonômica.

Do ponto de vista da ergonomia para escritórios, o que é melhor, a máquina de escrever ou o computador?

Por incrível que possa parecer, do ponto de vista da ergonomia, as máquinas de escrever eram melhores, mesmo sendo brutas, com teclas duras e sem nenhuma facilitação tecnológica. Só quem as usou sabe como era.

Mas, não precisa jogar seu notebook na parede e voltar para sua velha Olivetti Lettera 82. Nós vamos apresentar um série de argumentos envolvendo a organização do trabalho que irá lhe ajudar a melhorar a relação do trabalho frente ao computador, unindo produtividade com conforto.

O pai da LER e avô da DORT

Na década de 70, surgiram as primeiras epidemias envolvendo a lesão por esforços repetitivos entre os trabalhos administrativos. Na época, o termo era chamado de “câimbra do escrivão”. Depois surgiram as LERs – Lesões por Esforços Repetitivos e hoje DORT – Distúrbio Osteomuscular Relacionada ao Trabalho. Isso pode ser justificado por vários motivos: condições não ergonômicas, falta de organização do trabalho, falha nos mecanismos de regulação, como: pausas regulares, rodízios com demais atividades.

Veja abaixo outros fatores e exemplos de condições ergonômicas desfavoráveis.

Diversidade: antes dos computadores e da internet, um trabalhador precisava fazer inúmeras tarefas, em locais e com posturas diferentes. Hoje, tudo é feito sentado diante do computador. 

Comparação antes e depois dos computadores na simples tarefa de emitir uma ordem de compra

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O segundo fator refere-se a adaptação tardia do mobiliário que até então era preparado para trabalhos manuscritos e com máquina de escrever e passou a ser utilizado para trabalhos com computadores. Entre os principais problemas relacionados a esse fator estão as cadeiras inadequadas, a altura e a lateralização do monitor, altura do teclado, posicionamento incorreto do mouse, pouco espaço para acomodar documentos sobre a mesa e espaço restrito para acomodação das pernas, entre outros.

O terceiro fator relaciona-se ao ambiente. Com o advento da informática, surgiram novos conceitos nos leiautes dos escritórios, entre eles o “open space”, escritórios sem divisórias, onde todo mundo trabalha junto – coworking – com mesas coladas umas às outras. Esse conceito trouxe ganhos de socialização, arquitetura, democratização no organograma – relação com a chefia – mas intensificou problemas relacionados à cognição, concentração, ruído, estresse, conforto e também fadiga visual provocada por ofuscamentos e reflexos sobre as telas, principalmente provocada pelo posicionamento inadequado das luminárias que são distribuídas de maneira uniforme, não obedecendo os ângulos adequados em relação a posição das mesas ou desconfigurando o projeto inicial quando há mudanças, criando, dessa forma, pontos cegos.

Escritório Open Space

Dicas para aumentar a ergonomia para escritórios:

Os problemas citados até agora estão relacionados basicamente com: ausência de pausa, falta de organização do trabalho, mobiliário inadequado, ausência da visão da ergonomia para escritórios na fase de projetos. Veja algumas dicas para melhorar a adaptação dos ambientes de trabalho administrativos às pessoas:

  • Estabeleça pausas regulares, evitando permanecer longos períodos sentado diante do computador. Para saber mais sobre como fazer isso, leia nosso artigo sobre o sistema Pomodoro.
  • Cuide para que o mobiliário utilizado seja o mais adequado possível, principalmente a mesa e a cadeira.
  • Em relação ao ambiente, fica mais difícil mudar, até mesmo porque, na maioria das vezes, não há espaço suficiente para evitar que as pessoas trabalhem muito próximas. O ideal, nesses casos, é manter salas reservadas para momentos onde seja necessário realizar tarefas críticas ou ligações importantes, bem como ter áreas de lazer e descompressão onde os funcionários possam passar os intervalos.
  • Caso a função e/ou departamento requeira maior nível de concentração, privacidade, a saída pode ser utilizar uma baia ou sala mais reservada, exemplo: departamentos de recursos humanos, financeiro.
  • Cuide para que a iluminação esteja em níveis adequados ao tipo de trabalho realizado e até mesmo compatível com a idade das pessoas, além da disposição de luminárias, para que as janelas não provoquem ofuscamentos na visão e reflexos nos monitores de vídeo.
  • Toda vez que houver uma mudança no arranjo físico – disposição dos postos de trabalho – deve haver uma reavaliação dos níveis de iluminância.
  • Precisa existir uma convenção harmoniosa quanto aos padrões de temperatura. Para saber mais ouça nosso podcast: episódio 2, sobre calor.
  • Conscientize as pessoas para que haja um respeito no volume das conversas, sobretudo ao telefone.
  • Utilize suportes adequados para apoiar os pés, regular altura de notebooks, sempre com a orientação de um profissional, para não correr o risco de errar.
  • Se ainda não tem, priorize uma Análise Ergonômica do Trabalho – AET, para ter uma visão mais precisa das condições de trabalho que são muito individuais e peculiares a cada empresa.

Gostou de saber mais sobre a importância da ergonomia para escritórios e sua história? Então compartilhe com seus colegas!

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